De estagiário a CEO: Michael Fiddelke assume comando da Target

Target Corporation promoveu o diretor de operações Michael Fiddelke ao cargo de diretor-presidente, com posse marcada para 1º de fevereiro de 2026, substituindo Brian Cornell, que deixará o comando executivo após 11 anos para assumir a presidência do Conselho de Administração.

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A decisão, aprovada por unanimidade pelo Conselho, foi anunciada depois de sucessivos trimestres de pressão sobre a rentabilidade da varejista. O movimento consolida uma estratégia de sucessão interna e visa acelerar a retomada do crescimento, segundo comunicado da companhia. A mudança preserva a influência de Cornell, agora responsável por supervisionar a governança corporativa e apoiar a transição sem ruptura operacional.

Fiddelke iniciou sua trajetória na Target há mais de duas décadas como estagiário, ascendendo por áreas vitais como finanças, operações, merchandising e recursos humanos. Na função de diretor de operações, assumiu responsabilidade direta sobre lojas, cadeia de suprimentos e iniciativas omnichannel, experiência considerada essencial para enfrentar o atual cenário competitivo do varejo norte-americano.

Entre os resultados atribuídos ao novo CEO estão investimentos que modernizaram pontos de venda, expandiram a capacidade logística e fortaleceram as plataformas digitais. Ele também conduziu programas que geraram US$ 2 bilhões em ganhos de eficiência e liderou revisões salariais que ampliaram benefícios dos funcionários, pilares que sustentam a reputação interna de execução rigorosa e foco em cultura organizacional.

Para Christine Leahy, diretora independente líder do Conselho, a escolha é “o passo necessário para recolocar a Target na trajetória de crescimento e restaurar sua posição de referência”. Ao comentar a nomeação, Fiddelke reconheceu o desafio: “Temos trabalho a fazer para atingir nosso potencial máximo. Agora é a hora de aproveitar nossos pontos fortes, abraçar a mudança com ritmo e propósito e recuperar nosso impulso”.

A nomeação ocorre enquanto a varejista reporta desempenho financeiro em queda. No segundo trimestre do ano fiscal de 2025, o lucro por ação foi de US$ 2,05, recuo em relação aos US$ 2,57 registrados um ano antes. A receita líquida alcançou US$ 25,2 bilhões, retração de 0,9%, enquanto o lucro operacional caiu 19,4%, para US$ 1,3 bilhão. Os números reforçaram a percepção de que ajustes estratégicos são urgentes.

Apesar da queda, a Target destacou sinais de melhora, como avanço no tráfego de clientes e incremento de vendas nas lojas físicas, apoiados por uma disciplina maior nos custos. Esses fatores, segundo a empresa, provam a resiliência de seu modelo de negócios omnichannel, que combina a conveniência do e-commerce à capilaridade de quase 2 000 unidades nos Estados Unidos.

Para o ano fiscal de 2025, a companhia projeta retração de vendas em um dígito e lucro por ação entre US$ 8 e US$ 10 pelo critério GAAP, ou de US$ 7 a US$ 9 em base ajustada. A nova gestão terá de equilibrar a necessidade de investimentos em tecnologia e experiência do cliente com a preservação de margens, diante de consumidores mais sensíveis a preço e concorrência acirrada no segmento de varejo geral.

Segunda maior rede de departamentos dos Estados Unidos, atrás apenas do Walmart, a Target consolidou, durante o mandato de Cornell, sua presença como varejista omnicanal. O período foi marcado pela introdução de entregas no mesmo dia, expansão de marcas próprias e crescimento robusto do comércio digital, estratégias que reduziram a dependência das lojas físicas e ampliaram a relevância da empresa no consumo on-line.

A sucessão, prevista para ocorrer sem sobreposição de funções, mantém Cornell no núcleo das decisões estratégicas de longo prazo, enquanto Fiddelke assume o comando diário na virada de 2026. O Conselho não considerou candidatos externos, reiterando confiança na formação de líderes internos como diferencial competitivo. Analistas acompanharão os primeiros movimentos do novo CEO, sobretudo em relação a investimentos, precificação e programas de fidelidade para reacender o ritmo de expansão.

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